VIAJANTE ÓRION

Acordar em Terra tem sido um processo rico, instigante, revelador.O reencontro em Terra com almas irmãs foi como "catar conchinhas" vindas das profundezas do mar da inconsciência onde dali saíamos juntos para a realidade de um Universo Maior, onde o Nosso Belo Planeta Azul saia da noção da separatividade que o Maya até então nos dava, para uma Realidade Maior onde fazemos parte do Uno e a certeza que o Amor a tudo vence e permanece!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

PAR


Fechou-se o Círculo, agora entendo...
O fechar os olhos e ver, ainda é pra mim um mistério..
O que é ver?
E o sinto, sinto mais que vejo com esses olhos físicos que aqui tenho..e por esse "sentir-ver" te enxergo, não é o ver dos olhos físicos, é o enxergar com os olhos da alma..
E assim te enxergo a segurar as minhas mãos..Deus, só pode ser minha imaginação, e fechando os olhos tento, num exercício me ensinado por quem entende dos processos da mente, mudar a cena, mudar o foco, pensar noutro movimento, mas não consigo...não consigo, fechando os olhos te enxergo a segurar minhas mãos...
Lembrar-me do toque...lembro, lembro sim, o primeiro toque, lembro..
Estávamos eu e a amiga e ela, pacientemente me mostrava teu campo e dizia..toca..
E toquei ..e nada, nada senti..Deus..que tortura, sentir o sentimento e não poder tocar..minha mente física esperneava, gritava, estremecia...urrava..dor, confusão, sensação do sentimento pleno mas para o toque não!
Era só o campo de energia ...era só tudo o que eu menos sabia de mim mesma..quem eu era...
E hoje sei, aquele toque de energia, muito mais que o da pineal aliado ao som...Órion, o som, aliado ao toque e o sentimento me acordaram...
Aqui estava eu, atordoada mais que acordada..
A nossa memória aqui não traz nem um milionésimo do que nós somos..nossa memória aqui tem a extensão do horizontal,é finita, enquanto que nosso ser, alma é infinito, como poderia pobre mente abarganhar tanto, o tanto que nós somos?
O mental racional e seu registro de memória não traz em si nem um terço do que somos, do que se foi e nem traz consigo a intensidade do que foi.
A memória é fugaz, é ar, é as vezes tão sutil quanto uma brisa no ar, um leve toque do vento sobre nossos cabelos, um cheiro, um som, um tom, uma máscara, um leve perceber...é ..gaz, volátil..
O toque é sensação é matéria terra é sentidos é ...
O pensamento nesse processo me chegava como tumulto, separada que estava, me fazia sentir mal...
Os pensamentos tumultuavam muitas vezes, não me deixando ver em mim, sentir em mim, meu Eu a falar e acalmar os tais pensamentos...acalmá-los..foi aprendizado, foi muito depois de vários caminhos que aqui trilhei, o saber acalmá-los pelo teor do que eu sentia, só assim me trouxe a tal paz..
Os pensamentos, a mente ..
Educada,ela me fez entender muito do que passei depois,mas só depois do ceder..e o que a fez ceder? A força do Sentimento que a fez inclinar-se ao Bem estar, a Verdadeira paz da alma.
E nesse processo, muitos diálogos dos que zelavam por nós se fez presente, me ajudaram a me centrar e ceder passo a passo ao Sou em vez do simplesmente Estou!
Já há algum tempo me via na nave, que pra mim era familiar desde a adolescência, sentia, sabia, não era daqui, sentia e a nave sempre foi pra mim algo natural, a via como ela é..um aviãozão, um avião super equipado, afinal, era o normal, se viajar de avião ou não?
E estar nela, dentro dela mesmo em "pensamento" era tão..natural..e ali eu imaginava ou pelo menos imaginava que falava com alguns..
Não foi sem surpresa que muito depois muitos confirmaram o que eu pensava que estava imaginando ali...
E a cena se repetia..o via, de pé, virado de costas um Homem.
Retinha-me pelo medo de tudo ser fruto do tal animismo, dedos da imaginação, que certamente se soltasse me faria enlouquecer, morrer pra o viver aqui, pés no chão.
E de dentro de mim vinha a pergunta: - Se é tua imaginação, por que com ela também não consegues a teu bel prazer, imaginar o sentimento que sentes ao aqui as me ver
E entendi que vinha dele também o que de quando em vez eu sentia ..é como se Ele me abrisse portas, janelas e por elas e por suas mãos me fazia ressentir minha alma...e vinha um terrível incômodo ...e a mente pertuntava:pra que???
Deixar que a minha alma e ser pulsasse e gritasse pelo meu Sentimento foi no mínimo, revelador, comecei a sentir que sem o teor do que eu sentia ao ver aquele ser eu não poderia mais viver..e que aquele sentimento desde cedo era o que vida me dava e desde cedo me acompanhava e me dava aqui o ar..o vitalizar, me vitalizava me fazia entender, posso viver e ser feliz só sentindo aquele ar, que me deixava plena e como que consolava minha alma..
E sentindo assim e assim sentindo foi que meu coração me fez ceder ao que eu havia deixado pra trás, que ficara guardado, que me enlutara pela falta do que deixara lá atrás..o meu par.
Assim cedi a Anches..Assim cedi a vida, assim voltei a ser feliz aqui..

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